quinta-feira, 3 de maio de 2007

Internet, educação e terceiro setor

Apesar de uma visível expansão do acesso à informações através da internet, bem como o crescimento do mercado da informática, uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil revelou que mais da metade dos brasileiros – especificamente 54,3% da população – nunca fizeram uso de um computador.
Em outra pesquisa, esta realizada pela Unesco com 10 mil jovens entre 15 e 29 anos, observa-se que a exclusão social estende-se ao uso do computador: 42% dos jovens das classes A e B utilizam este bem todos os dia, enquanto o mesmo é feito por apenas 9% dos jovens da classe C.
(Fonte: Fundação Abrink http://www.fundabrinq.org.br/portal/alias__abrinq/lang__pt/tabid__346/default.aspx)
Terceiro setor
A economia brasileira divide-se em três setores. O chamado Primeiro Setor refere-se a atuação do Estado. É o setor no qual a origem e a destinação dos recursos são públicas. Já o Segundo Setor corresponde ao capital privado – neste caso, a aplicação dos recursos é feita em benefício particular.
O Terceiro Setor representa a esfera de atuação pública não-estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. A definição mais aceita sobre este setor é de Salamon & Anheier, que afirmam ser características deste setor, por exemplo, o trabalho voluntário.
(Fonte: BNDES http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/tsetor.pdf)
Elaborada em 1992, a definição de Salamon & Anheier tem uma visão estrutural operacional, baseando-se em cinco aspectos principais para as instituições do terceiro setor: ser formalmente constituída, possuir uma estrutura básica não-governamental, gestão própria, não ter fins-lucrativos e ser baseada em trabalho voluntário.
Ser formalmente constituída, para os autores, garante a existência por um período mínimo de tempo. De alguma forma – seja legal ou não – a instituição deve ter estatuto, regras e procedimentos próprios. E, para isso, vale ressaltar que a organização deve ter uma estrutura básica não ligada a governos.
A gestão própria, explica-se, é para que a mesma não seja controlada por terceiros, mas por dirigentes internos determinados, que não devem distribuir entre si os lucros, pois estes devem ser reinvestidos integralmente na organização. Por isso, a maior parte da mão de obra é voluntária, sem vínculo empregatício e/ou direitos trabalhistas.
Fonte: Wikipédia
Aspectos legais
Ao final da década de 1990 os debates e a movimentação da sociedade civil organizada, liderados pelo Conselho do Comunidade Solidária intensificou-se. Como resultado, foi aprovada a Lei 9.790 trazendo uma nova regulação para o setor.
A Lei 9.790
A Lei 9.790, de março de 1999, tornou-se o marco legal do terceiro setor e introduziu importantes alterações para classificação e execução de suas atividades, como:
Novos critérios de classificação, reconhecendo áreas antes não contempladas;
Novas possibilidades no sistema de articulação entre privado e público;
Possibilidade de remuneração dos dirigentes das instituições sem fins lucrativos.
Mesmo com tais mudanças, as qualificações para as instituições do terceiro setor – o certificado de fins filantrópicos e título de utilidade pública federal – continuam sendo exigidos.
A Oscip
Comumente confundida com as Organizações Não-Governamentais, ONG`s, a Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - foi criada junto com a nova lei, com o objetivo de qualificar juridicamente as organizações do terceiro setor.
A Oscip abrange as organizações que realizam assistência social, atividades culturais, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico, educação e saúde gratuita, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do voluntariado, dentre outras atividades.
Com a nova lei as entidades sem fins lucrativos podem remunerar seus dirigentes, contanto que conste em seu estatuto, e desde que compatível com os valores praticados no mercado de trabalho local.
Sendo esta uma entidade de direito privado com objetivos públicos, foram excluídas da composição do terceiro setor, para efeitos legais, as instituições estatais, as organizações de mercado, as cooperativas, as organizações sindicais, as entidades representativas de profissão ou partido político, os fundos de previdência e de pensão e as instituições vinculadas a igrejas ou práticas religiosas, com exceção daquelas que visam apenas o bem comum.
Sociedade da informação
A Sociedade da Informação é considerada uma nova Era, onde as transmissões de dados são de baixo custo e as tecnologias de armazenamento são amplamente utilizadas, possibilitando o fim da exclusão social – diminuindo o fosso existente entre as classes sociais, como citado acima, pelos dados da pesquisa da Unesco.
(Wikipédia)
Sugestões bibliográficas
MOURA, Maria Aparecida. Leitor-bibliotecário: interpretação, memória e as contradições da subjetividade. Perspect. Ciên.Inf., Belo Horizonte, v.9, n.2, p.158-169, jul./dez. 2004. p.163.
Inclusão digital
A Inclusão Digital ou Infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, que insere todos na sociedade da informação. Assim, uma maior parte da sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento.
Posteriormente, quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania.
Inclusão digital no Brasil
Programa Computador Para Todos
Atento à importância da inclusão digital, o Ministério da Ciência e Tecnologia elaborou o Programa Computador Para Todos, uma ação que objetiva levar às classes C e D computadores de qualidade, com preços acessíveis a realidade econômicas destas famílias.
O programa tem como foco famílias das classes C e D, cuja renda varia de três a dez salários mínimos, capazes de arcar com uma prestação mensal de, aproximadamente, R$ 60 (sessenta reais). O limite máximo do preço do computador popular é de R$ 1,4 mil, a ser pago em 24 parcelas mensais.
Casa Brasil
Na onda de preocupação com a democratização da informática, o projeto Casa Brasil funciona como um centro de alfabetização tecnológica, de cidadania, de divulgação da ciência, da cultura e das artes. O objetivo é oferecer capacitação e treinamento tanto para o primeiro emprego como para o aperfeiçoamento profissional, e contribuir para a melhoria do ensino público fundamental e médio.
Sua estrutura inclui telecentro, biblioteca popular, auditório, estúdio multimídia, laboratório de popularização da ciência, rádio comunitária, unidade bancária e módulos de presença do governo federal.
Em 2005, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou edital para a implantação das primeiras 90 unidades do Casa Brasil, bem como de telecentros em escolas públicas, em parceria com estados e municípios. Desde então, já foram instalados mais de mil telecentros, com investimentos ultrapassando os R$ 5 milhões.
Fonte: http://www.computadorparatodos.gov.br/noticias/20070226_01
Programa Telecentros
Mantido e criado pela Prefeitura de São Paulo, o Programa Telecentros é um dos maiores e mais bem sucedidos programas de Inclusão Digital e Social brasileiro. Até março deste ano, o programa contava com 158 unidades (cada unidade com 20 computadores e 1 impressora).
Atuando em todas as regiões da capital de São Paulo, oferece Cursos básicos e avançados de Informática e outros Cursos e oficinas de acordo com a necessidade local de cada unidade Além disso, a população tem livre acesso à Internet.
Inclusão digital no Ceará
Garagem digital
O Programa Garagem Digital foi criado em setembro de 2001, com o objetivo de contribuir com o processo educacional de jovens e com o desenvolvimento de suas comunidades através da inclusão digital. E, assim, contribuir com a diminuição do vácuo da exclusão digital no Brasil.
Como parceira estratégica, a HP Brasil fornece tecnologia e apoio financeiro. Já a Fundação Abrinq avalia, monitora, coordena, colabora com a metodologia e aplicação pedagógica e sistematiza a experiência para posterior disseminação. O Instituto Centec e o CPA - Centro de Profissionalização de Adolescentes oferecem, por exemplo, as instalações e o conhecimento sobre processos de capacitação profissional de jovens.
O Garagem Digital é um laboratório de experimentação de metodologias de inclusão digital que visa à democratização do acesso e o uso otimizado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Com equipamentos modernos, estimula a conscientização dos jovens com relação ao uso das TICs como meio e potencial ferramenta ao exercício de sua cidadania.
Além disso, uma Rede de Oportunidades organizada pelo próprio Programa busca inserir os jovens que concluem a formação em um banco de dados e articula com empresas e entidades em geral oportunidades diversas de emprego, estudo e apoio ao empreendedorismo.
Inclusão digital no mundo
Um computador para cada criança
O XO (The Children's Machine), popularmente conhecido como “o Laptop de 100 dólares” é um projeto de inclusão digital desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Consiste em um projeto educacional para a criação de um notebook barato com o objetivo de difundir o conhecimento e novas tecnologias a todas as crianças do mundo.
Essa tecnologia promete revolucionar a educação, disponibilizando computadores a um custo de U$100,00, tendo como alvo os países em desenvolvimento - entre eles o Brasil! -, que já demonstraram interesse no projeto.
A fabricação do “Laptop de 100 dólares” ficará a cargo de uma empresa taiwanesa, a Quanta Computers – maior fabricante global de notebooks – e deverá começar no segundo trimestre de 2007.
(Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Laptop_das_crian%C3%A7as#_note-0)
Fim da sala de aula?
Frente à inépcia da educação pública em atender às novas demandas sociais, a possibilidade de descentralizar o aprendizado ameaça a estrutura escolar como a conhecemos: feita em sala de aula e sob a orientação ou mediação de um professor.
Para David Cavallo, um dos diretores do projeto One Laptop per Child, encarregado de cuidar de negócios na América Latina, o modelo atual de salas de aula será extinto. “Queremos acabar com a idéia de uma escola monótona. O aprendizado pode acontecer em qualquer lugar, não apenas na escola”, afirmou Cavallo. “Quando a criança vai para casa, nada impede que ela continue aprendendo”.
(Fonte: Unesco http://osi.unesco.org.br/conteudo_tema.php?tema=6)
Esse pensamento parte de uma premissa arriscada, a de que o homem é bom e basta lhe dar a oportunidade de se desenvolver, que teremos uma sociedade mais justa, igualitária, cordial, segura. É uma aposta arriscada, haja vista que a internet não é apenas povoada de sites educativos, altruístas. Alem do mais, na convivência com colegas de sala e sob a observação dos professores, acontece uma educação que vai além da perspectiva do acesso à informação e envolve aprender a conviver com o outro, respeitar o espaço do outro.
A liberdade de um termina quando começa a liberdade do outro. Essa definição simples não precisa de referencia bibliográfica ou longas discussões acadêmicas para se fazer inquestionável. E esse freio auto-imposto aos impulsos egoístas que a psicologia chama de superego é construído pela educação. Da mesma forma, a bondade. Esta é construída pela mãe ou pela professora que reage aos impulsos infantis lhes dando um sentido que é social, criando o que se chama de valores.
Não há dúvida de que a educação precisa de uma revolução. A questão é: qual?
Mirosoft ameaçada
Depois que Bill Gates anunciou, em Pequim que venderá por apenas 3 dólares um pacote incluindo o Windows e o Office (cujo preço nas prateleiras das lojas seria de 400 dólares - trata-se de desconto de 99,25% de um produto de alta tecnologia), tornou-se claro que a Microsoft sente-se ameaçada pela concorrência.
Esta ação da Microsoft é uma resposta aos recentes movimentos registrados no comércio mundial de sistemas operacionais. Atualmente, nove em cada dez computadores pessoais do mundo usam Windows. Mas as vendas dos produtos novos (e caros) esbarram em mercados saturados, que crescem em ritmo lento.
Com lançamento do programa operacional Vista, as vendas - em um mês – corresponderam a quase o mesmo número de cópias que o modelo Windows XP havia comercializado em 2001. Uma outra versão, bem mais barata do que o Windows, o Start Edition, foi lançado em 2004 na Tailândia e em dois anos vendeu 1 milhão de cópias.
Para os negócios da Microsoft, a possibilidade de deixar a nova e crescente geração de usuários ser seduzida por programas alheios constitui um grave risco. O objetivo da empresa é conquistar mais 1 bilhão de consumidores até 2015. As vendas dos programas a 3 dólares começarão em setembro e serão feitas a governos que fornecerem PCs a estudantes 400 dólares é o preço normal dos softwares oferecidos nas lojas pela Microsoft.
Inclusão digital no Brasil
Computador para todos
Desde 2005 o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador Para Todos – Projeto Cidadão Conectado, oft sente-se ameaçada pela concorrultrapassando os Rormenten neste trabalho, pelos dados da pesquisaregistrou o financiamento de mais de 19 mil máquinas. Mas isto constitui quase 2% da meta do programa, que busca vender um milhão de computadores para consumidores com renda entre 3 e 7 salários mínimos.
O computador oferecido trata-se de PC, que dispõe do sistema operacional Linux e um conjunto de softwares livres com 26 aplicativos, como editor de texto, aplicações gráficas e antivírus. Além disso, há suporte técnico durante um ano e as atualizações são gratuitas e periódicas.
Os dados de financiamento são da Caixa Econômica Federal, que financiou 1.181 equipamentos. O Magazine Luiza, único varejista que obteve uma linha de crédito do BNDES, parcelou 18.186 computadores.
(Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_digital#_note-1)

Mídia e Educação

A Internet como mediadora
no processo educacional

O tema "Mídia e educação: a internet como mediadora no processo educacional" nos remete a uma idéia mais ampla de que a ferramenta em questão é um meio de comunicação que extrapola o conceito de algumas linhas de pesquisa em Comunicação, mesmo com todas suas complexidades teóricas e epistemológicas ainda em discussão, em virtude da sua existência e de sua disseminação recentes. O ciberespaço criado pela internet condiciona e aponta a emergência de novos referenciais que interpretem e codifiquem seus significados sociais, políticos e culturais.
A internet traz uma nova perspectiva de espacialidade e uma nova temporalidade, além de um uso diferenciado e uma relação emissor-receptor diferenciada do que se houve falar nas teorias clássicas (como a Teoria Crítica ou Escola de Frankfurt e a Semiótica). A internet, com sua fragmentação, sua virtualidade, apresenta novas relações entre os sujeitos e a sociedade, que se vê e se enxerga em rede, em casos em que há um fluxo dialógico, de mão dupla. Nela muitas vezes o emissor assume o papel do receptor, e vice-versa. É uma ruptura no sentido de uma nova epistemologia, de uma nova teoria do conhecimento.
Esse papel de incontáveis escolhas, esse universo de possibilidades de uso, de pesquisa e de apropriação, passa a integrar também a Educação como área de estudos e de ação. Tentar traçar um breve panorama geral da internet no processo educacional, como mediadora, como instrumento de uso crítico ou não, com suas ferramentas, com suas conseqüências sociais, com sua lógica própria, é o objetivo central de nossa reflexão. Como já apontamos, a internet atrelada à educação passaram a integrar uma linha de estudos recente. Constata-se isso, por exemplo, na escassa bibliografia disponível para o pesquisador ou estudante, que dispõe ainda de poucos títulos para consulta.
Vale salientar que a utilização da internet como fonte de estudos e pesquisas está na própria dinâmica de preparação e apresentação de nossa equipe. Grande parte das informações que circularam em grupo foi através de uso de correio eletrônico e de sistema de troca instantânea de mensagens, além de parte do desenvolvimento da apresentação de nossa equipe ter sido realizada através da rede mundial de computadores, como com este blog, com o uso de imagens fixas, de imagens em movimento, de sons e de textos, numa perspectiva interativa. Houve liberdade de cada um dos membros da equipe na construção do conteúdo didático de cada um dos tópicos do Mapa Conceitual, levando-se em conta, entretanto, que o desenvolvimento do texto não fugisse: ao tema central da apresentação, aos referenciais teóricos da disciplina, a abordagem assimilada por cada um até aqui e a construção teórica-metodológica compartilhada pela equipe. Desta forma, aqui você verá o resultado da montagem, com uma assinatura diferenciada de cada um dos oito integrantes, seguindo a ordem de apresentação em sala de aula.
Este é o mapa de navegação:
1) Apresentação e pesquisa teórica - Átila
2) EAD pela internet - Emanuela
3) Internet e aprendizagem cooperativa - Karine
4) Portais de educação - Sabina
5) Educação no ensino superior - Aristides
6) Internet e terceiro setor - Cassiano
7) Ética na internet - Nádia
8) Pesquisa empírica - Salvino

Educação, internet e terceiro setor



Terceiro setor

§Primeiro setor: aquele no qual a origem e a destinação dos recursos são públicas, corresponde às ações do Estado;
§Segundo setor: corresponde ao capital privado, sendo a aplicação dos recursos revertida em benefício próprio;
§Terceiro setor: constitui-se na esfera de atuação pública não-estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum.

Definição de Salamon & Anheier

§ Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo.
§ Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos.
§ Gestão própria: realiza sua própria gestão, não sendo controladas externamente.
§ Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes.
§ Trabalho voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada.

A Lei 9.790
§Março de 1999
§Resultado de discussões do Conselho do Comunidade Solidária
§Criou a figura da “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público” (OSCIP).
§Novos critérios de classificação, reconhecendo áreas antes não contempladas;
§Novas possibilidades no sistema de articulação entre privado e público;
§Possibilidade de remuneração dos dirigentes
Sociedade da informação
§“Nova Era, onde as transmissões de dados são de baixo custo e as tecnologias de armazenamento são amplamente utilizadas, onde a informação flui a velocidades e em quantidades, antes inimagináveis, assumindo valores políticos, religiosos, sociais, antropológicos, econômicos, fundamentais e etc.”
§“Surge como o um novo modo de evitar a exclusão social e para dar oportunidades aos menos favorecidos.”

Inclusão digital

§Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a inserir todos na sociedade da informação.
§O objetivo é que toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento.
§Quem não estiver "incluído digitalmente" viverá sob uma limitação social importante, perdendo inclusive direitos garantidos à cidadania.

Inclusão digital no CearáGaragem digital

§Programa da fundação Abrink
§Laboratório de construção de sites
§Rede de Oportunidades - parceria com empresas


Inclusão digital no Brasil

§Programa Computador para todos (redução de impostos e financiamento de PCs)
§Casa Brasil (90 centros de alfabetização tecnológica e cidadania)
§Telecentros (1.000 centros de informática)

Linux e o Software livre

Linus Torvalds, principal criador do Kernel Linux
Laptop de 100 dólares
§One Laptop per Chil
§Desenvolvido pelo MIT
§Plataforma Linux
§Pode ser dobrado e utilizado como livro
§Em teste, no Brasil

Windows de 3 dólares

§A ameaça do software livre à hegemonia da Microsoft (9 em cada 10 computadores usam o S.O. Windows)
§Para a Microsoft, a longo prazo, a possibilidade de deixar essa novíssima geração de usuários ser seduzida por programas alheios constitui um grave risco.
§O pacote inclui Windows XP Start Edition, Office, Windows Live Mail, além de programas educacionais como o Microsoft Math 3.0 e o Learning Essentials.
Microsoft Learning Essentials e o “fim” do caderno
§Anotações com organização e facilidade nas buscas
§“Fim” do caderno e dos fichamentos

O “fim” da sala de aula?

§“Queremos acabar com a idéia de uma escola monótona. O aprendizado pode acontecer em qualquer lugar, não apenas na escola”, [...] “quando a criança vai para casa, nada impede que ela continue aprendendo” (David Cavallo, um dos diretores do projeto One Laptop per Child, encarregado de cuidar de negócios na América Latina).

Responsável: Cassiano Gadioli Cipolla

Pesquisa Teórica

Contextualização: uso do conceito de mediação

O conceito de mediação foi empregado junto ao de meios de comunicação, de forma particular, pelo filósofo colombiano e teórico dos estudos culturais latino-americanos Jesús Martín-Barbero, no livro “Dos Meios às Mediações: comunicação, cultura e hegemonia”. Na época de publicação do livro (1987) a internet não tinha nem o tamanho, nem a popularidade e nem a disseminação que adquiriu nos últimos anos, principalmente de 1996 para hoje, 2007. Mas, já naquele instante, o uso do termo mediação referia-se às construções culturais e simbólicas, as resignificações, de um sujeito imerso em um contexto de globalização cultural, de multiculturalismo e de intertextualidade (características também da internet). Em nosso contexto particular, o uso pode passar por uma reapropriação para a utilização das novas tecnologias de comunicação digital interativa em rede, em especial a internet, e ao processo de ensino-aprendizagem.
Parte-se do pressuposto de que o sujeito, que faz uso dos meios de comunicação de massa ou dos meios de comunicação interativos, integra uma comunidade, um grupo, um universo particular, tomando decisões de acordo com o contexto em que está imerso, negociando simbolicamente com os meios de comunicação. No caso particular da América Latina - com sociedades de subdesenvolvimento acelerado e modernização compulsiva - a comunicação, assinala Martín-Barbero, assume “os bloqueios e as contradições” em que os sujeitos estão situados, em uma emergência de sujeitos sociais e identidades culturais novas. “Assim, o eixo do debate deve se deslocar dos meios às mediações, isto é, para as articulações entre práticas de comunicação e movimentos sociais, para as diferentes temporalidades e para a pluralidade de matrizes culturais”. (Martín-Barbero, 2001, p.270)

Educação e mediação simbólica

Mais do que a concepção “clássica” de educação, quase teológica, de um professor onipotente e onipresente, uma nova perspectiva é assumida a partir do uso do termo mediação no processo de ensino-aprendizagem. Com seu emprego e uso, a idéia passa a ser de que as tomadas de decisões do professor e o posicionamento e reflexão dos alunos acontecem muitas vezes em um espaço de conflitos e de crítica. O processo educativo, como integrante de uma ação simbólica, de uma matriz cultural inerente ao contemporâneo, assume desta forma uma perspectiva não apenas de transmissão de conhecimento, mas de mediação, de acordos entre as partes, de negociação, inclusive de construção dialética, no sentido hegeliano de síntese de opostos.
Esse uso do conceito de mediação atrelado à educação se aproxima da concepção sócio-construtivista interativa, em que a relação entre professor e aluno se dá num contexto de diálogo franco, aberto, multilateral, em que as capacidades e os talentos de todos os envolvidos no processo são levados em consideração no processo de ensino-aprendizagem. A internet, com sua universalidade, com sua atemporalidade e com suas novas perspectivas de espacialidade, vem como ferramenta que contribui para uma nova cultura na educação, uma nova forma de elaboração e disseminação do conhecimento, uma cibercultura que não está só paralela à cultura tal qual a conhecemos, em seu sentido geral, de formas de fazer, de habilidades, mas também em seu sentido amplo, como produção e disseminação de formas simbólicas, com suas simulações e virtualidades. (THOMPSON, 1995, p.193)

O surgimento da internet: dos “mísseis” às comunidades

As origens históricas da internet remetem-se à Guerra Fria (conflito político, bélico, científico e tecnológico entre os EUA e a ex-URSS), quando foi desenvolvida a Arpanet (Advanced Research Projects Agency – Agência de Projetos de Pesquisa Avançadas), rede de computadores montada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em setembro de 1969 com o objetivo de integrar computadores diversas bases militares e estimular a pesquisa entre universidades. Ou seja, os usos tinham fins negativos (em relação ao conflito EUA-URSS), mas foi justificada também por seu uso positivo (científico).
O sociólogo espanhol Manuel Castells, um dos mais otimistas pensadores sobre as novas tecnologias de comunicação, faz o que ele chama de uma “fórmula improvável” nas origens da internet, que somam: big sciense, pesquisa militar e a cultura da liberdade. “A Arpanet teve suas origens no Departamento de Defesa dos EUA, mas suas aplicações militares foram secundárias para o projeto do IPTO (Information Processing Techniques Office – Escritório de Processamento de Informações Técnicas) era financiar a ciência da Computação nos Estados Unidos e deixar que os cientistas fizessem seu trabalho surgisse disso.” (CASTELLS, 2003, p. 20). E surgiu. A internet como a conhecemos hoje, com sua arquitetura de rede, baseasse em três princípios que a orientaram inicialmente, segundo Castells: “uma estrutura de rede descentralizada; poder computacional distribuídos através dos nós da rede; e redundância para diminuir os riscos de conexão.” (CASTELLS, 2003, p.20).
A internet acabou sendo utilizada a partir da década e 1970 como uma integrante da cultura da liberdade disseminada nos campi universitários norte-americanos, mantendo entre os estudantes redes comunitárias. Castells avalia que sem essa contribuição de manter redes comunitárias, talvez a história da internet fosse diferente, não abarcando o mundo inteiro. Nasce daí a cultura hacker (que é preciso diferenciar da cultura cracker). A cultura hacker engloba, segundo Castells, sob uma reflexão de Steve Levy, “um conjunto de valores e crenças que emergiu das redes de programadores de computador que interagiam on-line em torno de sua colaboração em projetos autonamamente definidos de programação criativa.” (CASTELLS, 2003, p. 38). Já o termo cracker passou a designar os programadores que quebram códigos, entram em sistemas ilegalmente e criam tráfego nos computadores, apesar de haver algumas discordâncias sobre o significado termo.

Os sentidos da virtualidade


Outro teórico das novas tecnologias, ao lado do espanhol Manuel Castells, é o tunisiano-francês Pierre Lévy. Um grande otimista, um grande entusiasta da internet. Ambos sempre viram, em seus estudos, positivamente os usos da rede mundial de computadores na sociedade, na política, no lazer e na educação. A obra de Lévy sobre os usos e interações sociais na rede mundial de computadores é significativa. Entre seus livros traduzidos para o português pela editora 34, que o publica no Brasil, estão “As tecnologias da inteligência”, “O que é virtual?” e o indispensável “Cibercultura”.
Neste último, em especial, há uma espécie de síntese das reflexões dos dois anteriores. Os diversos empregos do conceito de virtual, por exemplo, são descritos no “Cibercultura”:



Esses sentidos pretendem nos situar a respeito das diversas possibilidades de simulação até o controle em tempo real de nosso representante no modelo de situação simulada. Sugerem, desta forma, espacialidades e temporalidades a que o ciberespaço submete. Os conceitos dividem o Mundo Virtual em diferentes escalas. Entretanto, cada uma delas remete-se ao ser humano e suas possibilidades interativas com a máquina ou mesmo com o espaço físico, partindo-se do mais forte (filosófico) ao mais fraco (sentido tecnológico).

Internet e educação: uma perspectiva teórica

Foi o próprio Pierre Lévy, professor da Universidade de Paris VIII, um dos primeiros teóricos a perceber o impacto da internet sobre a construção do saber. Acabou se tornando referência sua reflexão sobre educação e cibercultura, ou seja, a formação do indivíduo a partir das novas construções sócio-culturais e políticas conseqüentes dos usos das novas tecnologias.
Ele constatou três grandes mudanças nas relações com o saber. A primeira (1ª) seria que na primeira vez da história as competências adquiridas por uma pessoa no início de sua formação profissional estariam obsoletas no final de sua carreira. A segunda (2ª) está na própria natureza do trabalho, pois trabalhar passa mais do que nunca a significar aprender, transmitir saber e produzir conhecimento. A terceira (3ª) e última é que o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas: memória (banco de dados, hiperdocumentos, arquivos digitais de todos os tipos), imaginação (simulações), percepção (sensores digitais, telepresença, realidades virtuais), raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos).
As novas formas de acesso à informação e os novos tipos de raciocínio e de conhecimento aumentam o que Lévy chama de inteligência coletiva, pois são objetivadas em documentos digitais ou programas disponíveis em rede e podem ser compartilhadas por inúmeros indivíduos.
Novos espaços do conhecimento também são criados, segundo o pesquisador. Para ele: “No lugar de uma representação em escalas lineares e paralelas, em pirâmides estruturadas em “níveis”, organizadas pela noção de pré-requisitos e convergindo para saberes ‘superiores’, a partir de agora devemos preferir a imagem de espaços de conhecimento emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com objetivos ou contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva”. (LÉVY, 2003, p. 158)
O autor avaliou a necessidade de duas reformas nos sistemas de educação e formação. Primeiramente, o surgimento de um novo estilo de pedagogia como umas das questões essenciais no EAD (Ensino Aberto e a Distância), assinala Pierre Lévy, pois favorece o professor como incentivador e animador de inteligências coletivas de grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos. A segunda refere-se ao reconhecimento de experiências adquiridas. “Se as pessoas aprendem com suas atividades sociais e profissionais e a escola e a universidade perdem progressivamente o monopólio da criação e transmissão de conhecimento, os sistemas públicos de educação podem ao menos tomar para si a nova missão de orientar os percursos individuais no saber e de contribuir para o reconhecimento de saberes pertencentes às pessoas, aí incluindo os saberes não acadêmicos” (LÉVY, 2003, p.158)
Finalmente, o autor faz uma previsão que parece estar se concretizando hoje nas relações entre internet e educação. Para ele, o ciberespaço, a interconexão de computadores no planeta, tende a se tornar a principal infra-estrutura de produção, transação e gerenciamento econômicos. “Será em breve o principal equipamento internacional da memória, pensamento e comunicação. Em resumo, em algumas dezenas de anos, o ciberespaço, suas comunidades virtuais, suas reservas de imagens, suas simulações interativas, sua irresistível proliferação de textos e de signos, será o mediador da inteligência coletiva da humanidade”. (LÉVY, 2003, p. 167). A existência deste novo suporte de informação e comunicação, termina Lévy, condiciona a emergência de novos gêneros de conhecimento inusitados, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos atores na produção e tratamento dos conhecimentos. Estas são algumas das questões que devem ser levadas em consideração na implementação de políticas de educação. Eis um retrato do admirável mundo novo da internet...

Bibliografia

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Tradução: Roneide Venâncio Majer; atualização para 6ª Edição (2003): Jussara Simões – (A era da informação: economia, sociedade e cultura; v.1). São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet. Reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.

LUCENA, Carlos e FUCKS, Hugo. Professores e aprendizes na WEB: a educação na era da internet. Rio de Janeiro: Ed. Clube do Futuro, 2000.

MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos Meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

THOMPSON, John B. Ideologia e Cultura Moderna: Teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis, Vozes, 1995.

E-links

http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet
Verbete da enciclopédia virtual Wikipédia sobre a Internet, sua história, alguns serviços populares, ética e usos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação
Verbete da enciclopédia virtual Wikipédia sobre Educação, com links para diversas áreas com alguma relação com esse campo de ação, de pensamento e de transferência e mediação de cultura.

Responsável: Átila

EAD e a Internet (depoimento da Professora Ofélia Mesquita)

NOTA DE AULA E MAPA CONCEITUAL
DEPOIMENTO DA PROFª OFÉLIA MESQUITA

Esta nota de aula foi construída do depoimento gravado em áudio, no dia 30 de abril de 2007, da Profª Ofélia Mesquita, Comunicadora Social e Especialista em Ensino à Distância. Atualmente, trabalha com a UFC Virtual e com o Núcleo de Ensino à Distância da UECE.

A UFC e a UECE trabalham com o ensino à distância da pós-graduação atualmente, inclusive, por meio da Internet com aulas semipresenciais.

Sobre a elaboração do curso:

EAD = educação midiatizada (distinção dos meios – neste caso o computador)
A educação usando o computador como ferramenta tem que deixar claro o que se quer, no caso da educação o interesse central é o projeto PPP, que é o “norte” do que se deseja (grande planejamento de um curso antes que se realize.

Ações realizadas pelo núcleo de trabalho da professora (UFC virtual)

- Acompanhamento do aluno

Ponto de grande importância é necessário um grande envolvimento de professores, e que estes entendam da mídia.
Equipe multidisciplinar que entendam das ciências da computação, de linguagens, linguagens para mídia, comunicadores, desenhistas, desenhistas gráficos, pedagogos, enfim, pessoas que se integrem em um grupo para trabalhar a EAD.
Os professores farão toda motivação do aluno utilizando vários recursos que o computador permite. Existem vários espaços para a realização dos cursos (ambientes virtuais de aprendizagem) e as universidades desenvolvem ambientes múltiplos para que se trabalhe cursos a distância.
Os professores farão o acompanhamento através de recursos.
Os alunos têm que ser alguém que forçosamente vai ter que participar desses ambientes, por meio de recursos SINCROMOS (em tempo real, como o bate papo) ou ASSINCRONOS (fóruns). No PPP desses cursos já se determina esse recurso.
Cada curso tem seus recursos específico, adequados em função dos aprendizes.

- Conteúdo do curso: Material didático específico para WEB

A grande diferença para os cursos presenciais é que na EAD a equipe que elabora o material está presente no desenvolvimento do curso proporcionando uma aproximação dos aprendentes, isto é, os professores de uma disciplina específica participam da elaboração do material didático, o que na educação presencial muitas vezes os aprendentes nunca conhecem ou tem aproximação com os autores.
Professor conteudista = coordena tanto a elaboração do material didático como o grupo tutorial. São professores que detém um conhecimento específico.
O material é pré organizado por quem detém o conhecimento, depois passa para um grupo que trabalha com a transição didática (quem passará do formato escrito para o formato WEB – que dá condição para incorporar outras linguagens)

Alguns erros a serem evitados:
Textos muito longos
Textos que utilizem muita barra de rolagem
Textos com uma linguagem acadêmica

É preciso ter uma perspicácia contínua de pensar no aluno distante. Ter todo um critério ao trabalhar com o conteúdo, manter a autoria do professor, manter o respeito ao que o professor estabeleceu e principalmente o respeito e dedicação ao aluno distante que vai se apropriar desse conteúdo da melhor maneira possível
Se propõe novos recursos, linguagem diferenciada, imagens em movimento ou estáticas, letras, simulações, e isso vai depender da realidade de produção de cada instituição.
Além de fazer a transição essa equipe conta com um suporte técnico que vai dar uma chance de desenvolver a imaginação ao trabalhar com esse material.
Após esse processo o material vai passar para um grupo de produção. Produção de navegação (WEB) que precisa prever o acesso do aluno e as suas condições de navegabilidade. “o vídeo tem um peso de navegação e se usa muito vídeo corre o risco de o aluno ter uma perda de material”.

-Gestão de curso

A quarta geração de EAD envolve uma interação entre pessoa/pessoa. (O que os meios de comunicação de massa não permite televisão e rádio).
Isso representa uma outra dimensão as COMUNDADES COLABORATIVAS DE APRENDIZAGEM. Trabalhando em teia – Maria Cândido Moraes e Pierre Levi
Os recursos síncronos e assíncronos proporcionarão de fato essa interação. Professor/aluno, aluno/aluno, aluno/professor.
As ferramentas em EAD não permitem que o aluno fique isolado, porque se ele não se integrar ele não permanece por si mesmo.
O aluno é convidado a participar, a interagir.


1996 – Fundada a Secretaria Nacional de Educação à distância. (vinculada ao MEC)

Nas revisões da EAD se pensa muito se esse modelo de educação de fato vai propiciar uma educação de qualidade. A maior crítica vem da transmissão por meio de comunicação de massa que não proporcionam uma interação.
A EAD como educação de segundo nível já está sendo desmistificada. As vezes há uma rejeição não só a educação à distância mas a educação tecnológica (que faz uso de tecnologias), porque nos temos a tradição a presencialidade. Isso pela imposição que as mídias realizam em nossa vida cotidiana, e estão em todos os níveis da convivência social, inclusive os níveis educativos.
As pessoas estão profundamente preocupadas em promover não só o acesso à tecnologia, mas uma tecnologia que tenha sentido em seu uso.

Alguns autores da atualidade falam de integração de mídia. O Brasil não é produtor de tecnologia, daí a importância dessa integração para proporcionar EAD. A escolha da mídia tem que ser em função do público. Podemos ter rádio, impresso, computador, televisão...
O material impresso continua sendo o meio mais utilizado para se fazer EAD.

José Manuel Morin da USP em um de seus textos diz que a EAD pode ser promovida em qualquer nível de educação. Ofélia Mesquita acredita que não, pois o aluno de EAD tem que ter um nível de autonomia já relativamente desenvolvida, precisa ter uma vontade muito grande de fazer o curso. Nós só procuramos um curso com determinados fins, devido às vezes ao mercado de trabalho. As crianças e adolescentes não tem esse nível de maturação necessário para o aluno distante. Nestes casos existem vários softwares e sites educativos específicos para ilustrar a aula, ou complementar a educação, mas isso não é EAD, mas um novo toque à presencialidade, apesar do tele-ensino.

A EAD não vem competir com a educação formal, mas complementar algumas lacunas que deixam a desejar.

Acessem!!

links:

http://www.youtube.com/watch?v=C2I9QZPbUbg

Responsável: Emanuela

Internet e apredizagem cooperativa

A contribuição da internet para a cognição e o aprendizado cooperativo (as bibliotecas virtuais, os sites de relacionamento e simuladores)

Ø Rompendo as paredes da escola:
· Cada vez mais a casa, ou qualquer outro lugar conectado à Internet, vai se tornar parte da educação e disseminação do conhecimento (Macluhan)
· Benefícios ao processo de aprendizagem:
a) Acesso a conteúdos didáticos; interação; processo cooperativo;
b) aprendizagem em tempo e local diferentes do professor e dos outros alunos;
c) aprendizagem não mais se restringe ao conteúdo organizado pelo professor em uma sala de aula. Aprendiz seleciona suas atividades educacionais, criando suas próprias oportunidades de educação (visão construtivista). Conhecimento autoplanejado, “quando e da forma que for conveniente para você”;
d) como se baseia na iniciativa, a aprendizagem se torna uma questão de exploração, descoberta e até de aventura;
e) conteúdo multimídia (possibilidade de comunicar de várias maneiras)
f)entretenimento (é pouco atrativo e interessante o site que não é animado e atualizado constantemente).
· Resumindo: a web permite escolha de conteúdo, tempo, recursos, feedback e uma variedade de mídias para expressar as diversas compreensões

Ø Bibliotecas virtuais
· O exemplo da Wikipedia:
(http://www.wikipedia.org/ e http://desciclo.pedia.ws/wiki/Página_principal)
a) Organiza 4 milhões de artigos em mais de 200 idiomas, inclui aí não só artigos, mas também vídeos, páginas de discussão etc
b) Usuário é aprendiz e colaborador (interatividade versus comunicação broadcasting);
c) comunicação assíncrona versus síncrona;
d) hipertexto e o fim da linearidade;
e) liberdade de escolha e sobrecarga de informações na rede (sensação de “perdido no hiperespaço”);
f) a questão da confiabilidade da fonte.
Webibliografia:
Livros catalogados por categorias e sub-categorias. Ferramenta de busca localiza por uma palavra do título ou nome do autor. Caso não encontre, peça o livro no fórum pedidos. Ex: http://www.dominiopublico.com.br/ e http://www.detonando.com.br/
Youtube, a imagem do momento:
(http://www.youtube.com/watch?v=C2I9QZPbUbg) -> somente áudio
a) Aprender ficou mais divertido, colorido e ainda tem som
b) Registro histórico – armazém da memória (Mais de 35 mil novos filmes a cada 24h. 30 milhões de vídeos são vistos por dia)

Ø Sites de relacionamento:
· Groupware – tecnologia baseada em mídia digital que dá suporte às atividades de pessoas organizadas em grupos, que podem variar em tamanho, localização física e composição.
· Comunidades se formam, reestruturam-se e se renovam continuamente, de acordo com o grau de cooperação entre seus integrantes e em função de seus objetivos. Renovação depende da motivação e resposta do grupo. Ex: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=29778364
· Mediador: facilitador. Funções de condução de discussões, sugestão e formulação de perguntas estimulantes, controle de conteúdos (netqueta).
· Ética e direitos autorais

Ø Simuladores
· Atribuição de tarefas que explorem o potencial de raciocínio.
· Assunção de papéis, vivenciando situações difíceis de serem realizadas de outra forma (realidade virtual)
· Área ainda carente mundialmente de pesquisas e análises de sua eficácia na aquisição de conhecimento. Problemas a se refletir.
· Aplicação de técnicas de simulação das diversas áreas do conhecimento facilita tanto assimilação de conteúdos teóricos, como permite a exploração de diversas situações que, na prática, não seriam tão viáveis por questão de custos ou riscos.
· substitui riscos e custos de experimentos práticos de laboratório
· Exemplos: RPGs, Star Wars DroidWorks, SimCity, Gilligan's Island etc
· A imersão proporcionada pela simulação ou pela realidade virtual não garante o raciocínio humano, mas prolonga e transforma a capacidade de imaginação e de pensamento comparativamente com a passividade proporcionada pela simples demonstração de vídeos ou animações sem interação (Lévy,1999).

Referências bibliográficas:
· LÉVY, Pierre . Cibercultura. Rio de Janeiro: Ed.34, 1999.
· LUCENA, Carlos & FUKS, Hugo. Professores e aprendizes na web: a educação na era da Internet. Rio de Janeiro: Clube do Futuro, 2000.
Responsável: Karina

Portais de educação

O portal em menos de cinco anos era conhecido como máquina de busca, cujo objetivo era facilitar o acesso às informações contidas em documentos espalhados pela Internet. Portanto, um portal é um site na Internet que funciona como centro acumulador e distribuidor de conteúdos para uma série de outros sites ou subsites dentro, e também fora, do domínio ou subdomínio da empresa gestora do portal.
Na sua estrutura mais comum, os portais constam de um motor de busca, um conjunto, por vezes considerável, de áreas subordinadas com conteúdos próprios, uma área de notícias, um ou mais fóruns e outros serviços de geração de comunidades e um diretório.
Os portais de educação facilitam o acesso à informação, permitem a integração entre as pessoas, levam informação de forma mais descontraída, pois muitas vezes vêem em forma de jogos e permitem a interação dos visitantes do portal. Uns dos exemplos, bastante conhecidos são: Teleduc e EducaRede.
O primeiro portal citado foi criado para propiciar a educação à distância, pois como o mercado pede uma constante atualização dos profissionais e a falta de tempo não permite participar de cursos convencionais, a educação a distância se tornou fundamental. Os alunos das universidades públicas e privadas também utilizam esses sites para outros fins. Segundo a Profa. Dra. Heloísa Vieira da Rocha - Coordenadora do Núcleo de Informática Aplicada à Educação - NIED; Unicamp e Coordenadora do Projeto TelEduc* - Desenvolvimento de Tecnologia para EaD - IC-NIED/Unicamp. (Projeto primeiro colocado na categoria Pesquisa e Desenvolvimento ABED/EMBRATEL 2002), os estudantes utilizam as ferramentas do portal em auxílio às atividades presenciais. Por meio dele, é possível tanto disponibilizar conteúdos como estabelecer comunicação entre os participantes de um curso via fóruns de discussão ou sessões de bate-papo, por exemplo. Assim, o professor pode disponibilizar previamente materiais e conteúdos a serem abordados em classe. Já os alunos têm como esclarecer dúvidas e trocar idéias entre si, fora do espaço convencional de uma aula.
Já o segundo portal, gratuito e aberto, dirigido a educadores e alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio da rede pública e a outras instituições, tem conteúdos exclusivos, preparados por especialistas em diversas áreas, que apóiam educadores e estudantes na abordagem de temas atuais e desafiadores. É dotado de canais de cultura e informação, apoio à pesquisa, conteúdos sobre tecnologia e educação. Há, ainda, ambientes interativos especialmente criados para a troca de reflexões e de práticas educativas como: fóruns, salas de bate-papo agendadas pelos usuários, galeria de arte para exposição de projetos, comunidade virtual, oficina de criação coletiva de textos, além de espaço para contribuição de internautas em todos os canais.
Um outro modelo de portal é o http://www.edukbr.com.br/index.asp, que é coordenado por uma equipe pedagógica, sendo oferecido também gratuitamente tanto para professores quanto para alunos. São disponibilizados links que contribuem para o manuseio dos visitantes como: Celeiro de Projetos · Profs Online · Colunas do Portal · Oficina de Aprendizagem · Estúdio Web · Arte Manhas · Central de Comunicação · Mochila nas Costas.
E para navegar é muito fácil, bastando clicar em um link, por exemplo: Profs Online, fazer a sua pergunta e a equipe Edukbr ajuda você a encontrar a resposta. Portanto é só selecionar a disciplina e a série em que está cursando, preencher os dados pessoais e da escola, enviar e aguardar.
Assim, pode-se dizer que existem variações entre os portais educacionais hoje, dentre vários podem ser citados ainda o Escola24horas, o Klickeducação, o Edunexo e outros como o Terra e o Uol onde disponibilizam um espaço voltado à Educação.
Vê-se que alguns portais são exclusivos para as escolas públicas e outros para as privadas e são pensados para educadores, alunos e pais de diversas as idades.
Indubitavelmente o objetivo destes portais se resumem em contribuir para a melhoria da qualidade da educação, estimulando a integração da Internet no cotidiano da escolas públicas e privadas, possibilitando a inclusão digital aos milhares de jovens que a freqüentam.
Pode-se dizer que, a Internet provocou uma revolução na questão da utilização da informação na educação, principalmente pela sua grande capacidade de disponibilizar conhecimentos em formas convenientes como: textos, imagens e sons, além de poder promover uma nova modalidade de iteração entre seus usuários, sem ao menos a necessidade de sincronia temporal entre eles, em alguns casos.



Referências bibliográficas:

· http://www.miniweb.com.br/atualidade/entrevistas/Profa_Heloisa/profa_heloisa.html no obtida em 16 mar. 2007 02:06:20 GMT.
· http://www.edukbr.com.br/

· Esta é a versão em cache de http://www.educarede.org.br/ no G o o g l e obtida em 29 abr. 2007 19:13:50 GMT.



· http://www.miniweb.com.br/atualidade/entrevistas/Profa_Heloisa/profa_heloisa.html no G o o g l e obtida em 16 mar. 2007 02:06:20 GMT.

· de http://www.escola24h.com.br/ no G o o g l e obtida em 29 abr. 2007 15:16:57 GMT

· http://www.ig.com.br/paginas/klickeducacao/indexcobrand.html no G o o g l e obtida em 11 abr. 2007 09:10:50 GMT
Responsável: Sabina
















Educação no ensino superior: A internet em pesquisa acadêmica

O uso da Internet em pesquisa acadêmica

Introdução

Hipertexto: mais barato, mais rico e mais variado do que o livro de papel.
Vantagens: abrangência, custos, acesso internacional, facilidade de publicação.
Questões:
· mudança de práticas e cultura associadas com a publicação científica (maior resistência nas Ciências Sociais e Humanas)
· certificação de qualidade
· integridade e segurança das publicações
· percepção que a comunidade científica teria desta nova forma de comunicação
· implicações em processos de promoção e avaliação acadêmica.

A revisão por pares ( ferramenta de convalidação)

· árbitros (problema da escolha e problema do árbitro)
· disparidade entre critérios de avaliação
· sobreuso dos árbitros (principalmente quando cientistas importantes)
· pareceres: aceitação ou não, aconselhamento, sugestões, exigências de alteração, réplicas, tréplicas
· procura de revista menos exigente
· geralmente os artigos melhoram com a revisão
· quanto mais rejeição, mais prestígio da revista, portanto mais citações
· efeito Mateus (“A todo aquele que acredita mais fé lhe será dada em abundância; e daquele que não crê lhe será tirado”)
· na Medicina, a literatura precisa ser revisada
· conhecer os pares (participação em encontros)

Questões de integridade, legitimidade e privacidade

· proteção da privacidade
· novas e mais eficientes formas de fraude científica (copiar, fabricar dados, alterar dados de outros, manipular imagens ou disfarçar tentativas de engano depois que surgissem suspeitas)
· alteração do endereço
· limite de acesso
· preservar e manter a integridade da informação (caráter fluido)
· revisões sem aviso
· “desaparecimento”
· a revisão permanente faz desaparecer o processo da produção do conhecimento.
· o trabalho é mesmo o do autor?
· depósitos eletrônicos

Percepção das publicações científicas eletrônicas

· cultura científica
· serendipidade
· segurança do armazenamento eletrônico
· os mais velhos produzem e os mais jovens usam
· promoção e avaliação no ambiente acadêmico: o prestígio é menor, porém o cenário é promissor.

Exemplos de entidades importantes nas pesquisas

· CAPES URL: http://www.capes.gov.br
· CNPq URL: http://www.cnpq.br
· COMPÔS – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO: www.compos.org.br
· FINEP URL: http://www.finep.gov.br
· FAPESP URL: http://www.fapesp.br
· ABNT, mais informações disponíveis na URL: http://www.abnt.org.br
· IBGE, outras informações disponíveis na URL: http://www.ibge.gov.br
· Catálogo de bibliotecas virtuais: http://www.cg.org.br/gt/gtbv/alfabetica.htm#A

Fontes

Revista FACIPE, Recife, v. 1, n. 1, out.-dez. de 2005, p. 39-51 <http://focus.edumed-ne.org/> Qualidade da informação nas publicações científicas eletrônicas na Internet: desafios e propostas (Publicado originalmente na revista Teoría de la Educación: Educación y Cultura en la Sociedad de la Información, Salamanca, n.2, novembro de 2000.) Marcelo Sabbatini (Doutor em Teoria e História da Educação, Mestre em Comunicação Social, Máster em Ciência, Tecnologia e
Sociedade. Professor da Faculdade Integrada de Pernambuco – FACIPE e membro efetivo do Instituto Edumed Nordeste.
Correio eletrônico: msabbatini@edumed.org.br)

Ursula Blattmann (Mestre em Biblioteconomia - Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professora do Departamento de Ciência da Informação. Universidade Federal de Santa Catarina.). Ana Maria Delazari Tristão (Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Coordenadora do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Espírito Santo.) (INTERNET COMO INSTRUMENTO DE PESQUISA TÉCNICO-CIENTÍFICA NA ENGENHARIA CIVIL). <<http://www.acbsc.org.br/revista/ojs/viewarticle.php?id=33>>

Considerando que a 'verdade' (ou melhor, as verdades - já que não existe apenas uma, nem mesmo a cientifica é absoluta...) é uma construção social, cultural, histórica etc, posso dizer, particularmente, que os dados encontrados na internet são menos críveis que os dados impressos, sobretudo porque os outros meios de aferição das informações se dão com maior eficácia, ou seja os livros, revistas, jornais entre outros, em sua grande maioria possuem autoria, o que, por vezes, valora a sua credibilidade já que as 'fontes' podem ser acessadas e verificadas, diferentemente da internet.

Quando falas "internet", é necessário, antes de qualquer outra coisa, reconhecer que se trata de uma "ferramenta" de natureza muito variada, não devendo ser considerada de maneira monolítica. Neste espaço convivem publicações virtuais muito diversas. Há publicações que possuem inclusive o ISSN, ao passo que outras não apresentam nem informações sobre seus autores. Há informações das quais constam referências bastante sólidas, ao lado de outras que não sabemos sequer a quem atribuir autoria. Em minha opinião este deve ser um critério a ser levado em consideração no trabalho com este tipo de fonte: se há referência sobre o autor, se pode ser atribuida autoria de alguma informação encontrada, não vejo por que não poder trabalhar com ela de maneira conveniente. O suporte especifíco da informação (se livro, revista, jornal, internet, etc...) não desacredita ou não uma informação, mas eu acho absolutamente necessário saber a quem atribuir cada informação. Se você sabe quem escreveu, onde escreveu e quando escreveu, não vejo razões que tornem essa informação diminuida em relação a outras obtidas em outros suportes. No mais, acho que a Internet pode ser tomada como objeto de estudo, como o livro, a revista... podendo e devendo ser problematizada.

Responsável: Aristides

Ética, Internet e Educação

NOTA DE AULA

ÉTICA, INTERNET E EDUCAÇÃO
É fato notório que a informática e em especial a Internet fizeram uma revolução na forma como as informações são geradas e disseminadas entre as pessoas. Hoje as informações são acessadas de praticamente qualquer lugar, em tempo real e foram eliminadas distâncias e fronteiras, muitas vezes em frontal violação a normas, usos e costumes locais.
š Ética na Internet: acredita-se que a Ética na Internet é a forma correta de contribuir para o progresso da sociedade;
š Internet e os dois lados da moeda: considera-se ser fundamental não julgar a Internet unicamente como uma fonte de problemas e nem considerá-la uma perfeição entre os meios de comunicação. A real é saber pesar suas deficiências e qualidades, e lidar com este meio tão rico e desenvolvido;
š Quebra de regras no Mundo Virtual: é perceptível que para a maioria dos jovens, as regras de convivência no mundo real lhes sejam muito claras, mas quando o assunto é o espaço virtual, parece que a história se complica.
š Educação - elo entre alunos e a ética na Internet: vê-se que as escolas, as instituições e programas de educação para crianças e adultos podem auxiliar esses jovens em sua conscientização, oferecendo uma formação para discernir o uso da Internet como parte de uma educação abrangente sobre os mass media;
š Situações de usos abusivos da Internet por parte dos alunos: o repasse de e-mail que espalhe um boato, (ação que se encaixa no Código Penal como difamação e que acarreta pena de três meses a um ano e se o autor do crime for menor de idade os pais são os responsabilizados); publicação feita por estudantes em sites e blogs de fotos de professores em posições desconfortáveis, dentre muitos outros abusos;
š Ética acima de tudo: acredita-se que pregar a Ética, seja direcionada ao uso dos meios de comunicação ou a qualquer outro direcionamento, poder-se-á formar cidadãos conscientes.
ÉTICA, INTERNET E EDUCAÇÃO
É fato notório que a informática e em especial a Internet fizeram uma revolução na forma como as informações são geradas e disseminadas entre as pessoas. Hoje as informações são acessadas de praticamente qualquer lugar, em tempo real e foram eliminadas distâncias e fronteiras, muitas vezes em frontal violação a normas, usos e costumes locais.
Percebe-se que através da Internet podem ser alargados os horizontes educativos e culturais, e promovido o desenvolvimento humano de inúmeras formas. Este meio de comunicação tem o poder de levar os indivíduos ao isolamento, à alienação, unir as pessoas como também dividi-las, e separá-las por ideologias, políticas, posses, raças, etnias, diferenças de gerações e até mesmo de religião.
Acredita-se que a Ética na Internet é a forma correta de contribuir para o progresso da sociedade, ou seja, através dela, o seguimento da informação reveste-se de objetivos claros e precisos facultando informações fidedignas e reais.
Quando nos perguntamos se a Internet, vem contribuindo eticamente para um desenvolvimento humano e autêntico, pode-se dizer que ao mesmo tempo em que este venha a ser um instrumento poderoso para o enriquecimento educativo e cultural, dentre outros, este também pode ter o seu lado reverso, podendo gerar enormes conseqüências para os indivíduos, às nações e o mundo em geral, ao ser utilizado para explorar, manipular, dominar ou até mesmo corromper.
Acredita-se que mesmo que a Internet tenha esse lado negro, não se deve ser radical com ela e com nenhum meio de comunicação ao dizer que é somente positivo ou mesmo negativo. Pode-se dizer que existem os dois lados da moeda.
A Internet por exemplo, possui uma série de características impressionantes como: ser instantânea, imediata, de alcance mundial, descentralizada, interativa, expansível até ao infinito em termos de conteúdo e de alcance, flexível e adaptável a um nível surpreendente. É igualitária, no sentido de que, qualquer pessoa que disponha do equipamento necessário e uma pequena capacidade técnica, pode constituir uma presença ativa no espaço cibernético, transmitir a sua mensagem para o mundo. Além de tudo isso, ela permite às pessoas o luxo de permanecer no anonimato, de desempenhar uma determinada função, de fantasiar e também de formar uma comunidade com as outras pessoas e de nela participar.
Mas também não se pode deixar de citar um certo número de interrogações éticas acerca de problemáticas da Internet como: a privacidade, a segurança e a credibilidade dos dados, os direitos autorais e a lei de tutela da propriedade intelectual, a pornografia, os sites que instigam ao ódio, a disseminação de boatos, e muito mais.
Contudo, considera-se ser fundamental não julgar a Internet unicamente como uma fonte de problemas e nem considerá-la uma perfeição entre os meios de comunicação. A real é saber pesar suas deficiências e qualidades, e lidar com este meio tão rico e desenvolvido.
É perceptível que para a maioria dos jovens, as regras de convivência no mundo real lhes sejam muito claras, mas quando o assunto é o espaço virtual, parece que a história se complica. E vê-se que as escolas, as instituições e programas de educação para crianças e adultos podem auxiliar esses jovens em sua conscientização, oferecendo uma formação para discernir o uso da Internet como parte de uma educação abrangente sobre os mass media.
E já vem ganhando corpo essa preocupação, pois muitas escolas têm se manifestado ao perceberem a necessidade de discutir com seus alunos, quais os limites éticos ao se utilizar estas novas tecnologias. Por exemplo: em algumas escolas particulares de São Paulo já estão sendo incluídas em suas atividades, o ensino do uso da Internet, com o intuito de tentar disciplinar a pesquisa para trabalhos e frear as agressões entre alunos (conhecidas também como bullying) em ambientes virtuais (o que pode acarretar até em processo criminal).
Professores vêm passando por capacitação específica sobre o tema, cartilhas vem sendo desenvolvidas com o intuito de levar ao conhecimento dos alunos as implicações criminais que algumas ações na rede podem acarretar.
As escolas que liberam a prática de pesquisas na Internet no horário de aula utilizam-se de filtros de conteúdos para que os alunos venham se concentrar efetivamente nas atividades que são propostas em sala e na maioria das vezes, os sites de interesse já são pré-selecionados pelos professores para que os alunos fiquem mais livres para realizar suas pesquisas, mas de forma segura.
Nas escolas também existe a preocupação de conscientizar os alunos para que estes respeitem a propriedade intelectual, que este evite o plágio e que possa desenvolver seu próprio raciocínio, na qual foi pedido.
Dentre várias situações de usos abusivos da Internet por parte dos alunos estão: o repasse de e-mail que espalhe um boato, (ação que se encaixa no Código Penal como difamação e que acarreta pena de três meses a um ano e se o autor do crime for menor de idade os pais são os responsabilizados); publicação feita por estudantes em sites e blogs de fotos de professores em posições desconfortáveis, grupos de estudantes criando comunidades contra professores e alunos, dentre muitos outros abusos.
Vê-se que com todas essas situações novas e inusitadas, que vem burlando a ótica normativa, legal e ética em relação ao uso da Internet, que na verdade surgiram com o advento da tecnologia da Informação, gerou-se um grande desafio para os especialistas, sejam juristas ou técnicos de informática a apresentarem soluções rápidas e adequadas ao avanço tecnológico. E que nas escolas, com o auxílio dos professores, essa preocupação também vem ganhando espaço, como se percebe nas falas de pedagogos como :
š Maria Angela Barbato Carneiro, professora da PUC- SP que diz que "a internet potencializa as agressões verbais, porque o adolescente acha que está protegido, não precisa se identificar e como os pais estão cada vez menos juntos dos filhos, realmente as escolas precisam atuar para atenuar o problema."
š William Ribeiro, professor e coordenador de informática educacional do Colégio São Luís, afirma que “não podemos esperar o aluno chegar à idade adulta para se dar conta disso. É papel da escola ajudar os pais nessa tarefa. O anonimato da Internet permite que as pessoas ajam de forma criminosa, praticamente sem conseqüências. Nosso dever é ensinar valores morais positivos para evitar isso”.
E em casos extremos como a linguagem ofensiva, a difamação, a fraude, a pornografia seja infantil ou geral, pode-se dizer que é aceitável e que se deve utilizar a censura. As autoridades têm o dever e o direito de fomentar estas leis. Mas é necessário que se tenha a consciência de que não vai adiantar criar leis no intuito de se proteger a sociedade e os indivíduos desses usos abusivos que sejam inofensivas e que venham a tornar o uso da informática inviável. E como qualquer outro bem comum, a informática é regulada pelas mais variadas áreas do Direito, ou seja, por uma série de normas esparsas que se aplicam ao mundo digital, podendo-se resumir como o Direito na Internet.
Enfim, a Internet pode ser uma poderosa aliada no processo de aprendizado, além de permitir o acesso instantâneo a uma infinidade de informações e propiciar a integração de alunos e professores de várias escolas do mundo, mas claro que sempre deverá se ter a preocupação de orientar os alunos no seu uso sem abusos, pois acredita-se que pregar a Ética, seja direcionada ao uso dos meios de comunicação ou a qualquer outro direcionamento, poder-se-á formar cidadãos conscientes.















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNSTAIN, T.; BHIMANI, A.; B.; SCHULTZ. E., et al. Segurança na Internet. Rio de Janeiro: Campus. 1997.
ÉTICA, Direito e Internet. Disponível em:<http://209.85.165.104/search?q=cache:TfS34WIorMoJ:www.internetetica.com.br/index.php%3Foption%3Dcom_content%26task%3Dview%26id%3D16%26Itemid%3D56+etica+na+internet&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=6&gl=br>. Acessado em: 24 abr. 2007.
MORAN, José Manuel. Novos Desafios na Educação – A Internet na Educação Presencial e Virtual. 2007. Disponível em: . Acessado em: 22 abr. 2007.
SANTOS, Francisco Sérgio dos, Pessoa, Marcelo Schneck de Paula. A Internet e as Conseqüências da Globalização da Informação. São Paulo: Unip – Universidade Paulista.s.d.
TEIXEIRA, Alberto. O Uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e a Transparência na Gestão Pública Municipal no Ceará. Fortaleza: Fundação Konrad Adenauer, 2004.

ZANINI, A. Proposta e Implementação de Controle de Acesso a Informações em Ambiente de Microinformática. São José dos Campos, 1999. Tese (Doutorado) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica.








Responsável: Nádia Juvencio